MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília - 21/10/2009
Cortejado pelo PT e pelo PSB para a disputa eleitoral de 2010, o PDT deve dar sustentação à candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), ao Palácio do Planalto. O líder do PDT na Câmara, Dagoberto (MS), afirmou nesta quarta-feira que a tendência do partido é apoiar Dilma e desistir de uma candidatura própria --que seria lançada pelo senador Cristovam Buarque (DF).
O líder afirmou que pesa na decisão do partido questões regionais, que seriam favorecidas com a formação de um palanque com o PT. Segundo o deputado, a decisão sobre o rumo do partido em 2010 só deve sair em janeiro, após um congresso com todos os diretórios regionais.
"A análise que fazemos hoje é que a maioria esmagadora gostaria de estar com a Dilma. A avaliação da maioria é que, em função de não termos nenhum candidato com grande densidade eleitoral, isso pode prejudicar as candidaturas nos Estados", disse.
Outro argumento do pedetista é que a disputa eleitoral deve ser polarizada entre a ministra e o governador José Serra (São Paulo), um dos pré-candidatos tucanos.
"Não dá para ignorar o fato de que essa eleição será polarizada entre a Dilma e o Serra. E essa questão, certamente, pesa na decisão do nosso partido."
Segundo ele, uma possível aliança com o PSB, do deputado e presidenciável Ciro Gomes (CE), não está descartada, mas a tendência é de o partido apoiar o nome do PT.
A bancada do PDT ofereceu nesta quarta-feira um almoço ao ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) para discutir a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Padilha disse recentemente que uma de suas prioridades é conseguir eleger Dilma. Há duas semanas, a ministra se encontrou com a bancada e sua candidatura foi bem recebida.
O deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical (PDT-SP), preferiu usar um discurso mais cauteloso, afirmando que o apoio do partido pode ser influenciado pelas pesquisas de intenção de votos.
"Nós temos que avaliar o resultado dessas pesquisas cientificamente, para saber se é melhor ter um ou dois candidatos."
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u641183.shtml
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