21 de out. de 2009

Lindberg diz que continua "candidatíssimo" no Rio mesmo após acordo entre PT e PMDB

Folha Online - 21/10/2009
 
O prefeito de Nova Iguaçu (RJ), Lindberg Farias (PT), afirmou nesta quarta-feira que o pré-acordo entre PMDB e PT em torno da candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) não muda sua intenção de disputar o governo do Rio de Janeiro nas eleições de 2010.

"Tem gente me perguntando o que muda na minha candidatura depois do pré-acordo nacional entre PT e PMDB. Não muda nada. Sou candidatíssimo", disse ele em seu blog.

Lindberg afirmou que a situação melhorou para sua candidatura. "Antes, o PMDB dizia que as negociações só avançariam se houvesse acordo nos Estados. Agora, não. O pré-acordo é uma espécie de noivado e o PMDB deu esse passo à frente, antes de resolver os problemas estaduais porque optou em ser o aliado preferencial da candidatura da Dilma. Houve uma clara opção pelo acordo nacional."

Segundo ele, pouca gente entendeu o motivo desse pré-acordo. "O que houve foi a inversão de uma lógica que priorizava os acertos nos Estados. Agora, não. As direções do PMDB e do PT entenderam que se ficassem esperando a pacificação geral nos Estados, não sairia aliança. Então, em vez de casamento forçado nos Estados, tivemos um noivado em Brasília."

Lindberg disse que quem mais sai ganhado com esse acordo é o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e a direção do PMDB. "Com esse pré-acordo, ganham Temer e a direção do PMDB, que fica com a vaga para vice. Fizeram o acordo no momento certo, pois sabiam que caso Dilma crescesse nas pesquisas poderia acabar preferindo se casar com o Ciro [Gomes, do PSB]."

Para ele, no entanto, Dilma também ganha com o acordo. "Pois mostra a força da sua candidatura. Agora deve haver um jantar por semana com os partidos da base. Volta a ganhar força a tese da eleição plebiscitária. A tendência é o Ciro ficar, se muito, com o PSB."

A intenção de Lindberg de disputar o governo do Rio de Janeiro contraria o desejo do comando nacional do PT de apoiar a reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u641434.shtml

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