30 de mar. de 2010

PSDB quer levar 6.000 militantes para despedida de Serra amanhã

colaboração para a Folha Online

O PSDB de São Paulo está convocando os militantes do partido para participarem da cerimônia de despedida de José Serra (PSDB) do governo paulista. A legenda espera levar cerca de 6.000 pessoas para o ato que acontece às 15h desta quarta-feira no Palácio dos Bandeirantes, zona sul de São Paulo.

"A ideia do partido é que o Serra compartilhe esse momento com quem esteve ao lado dele e trabalhou para que isso acontecesse", afirmou o secretário-geral do PSDB-SP, César Gontijo. Serra sai do governo para disputar a eleição presidencial. O lançamento oficial da pré-candidatura acontece no dia 10 em Brasília.

Gontijo afirmou ter enviado 8.000 convites, desde sexta-feira passada, para os filiados tucanos no Estado. "O militante fez a campanha e emprestou o Serra para o governo."

No auditório Ulysses Guimarães, o secretário espera acomodar cerca de 2.000 pessoas, em especial autoridades como deputados, prefeitos e vereadores. As outras 4.000 devem ficar no estacionamento do palácio, onde será instalado um telão. Ele explicou que o partido não contratou transporte para os militantes, que devem vim por conta própria.

O evento acontece na mesma hora que sindicatos de servidores de SP organizam um protesto contra o governo Serra. Chamado de "bota-fora", o protesto é organizado por sindicalistas do Conselho de Política de Administração e Remuneração de Pessoal, fórum de negociação salarial entre o funcionalismo e o governo estadual.

A manifestação está marcada para as 12h de quarta-feira no vão livre do Masp, na avenida Paulista. Duas horas depois começa no mesmo local a assembleia da Apeoesp (sindicato dos professores de São Paulo), que decidirá se mantém a greve iniciada no dia 8 de março. Depois da assembleia, o "bota fora" continua com uma passeata até o centro de São Paulo. A Apeoesp é ligada à CUT e ao PT.

Gontijo disse que não espera a presença de oposicionistas no evento no Palácio dos Bandeirantes. "Não tenho receio disso. Seria uma descortesia da Apeoesp ir a uma prestação de contas onde a torcida vai gritar gol", disse.

Sobre os protestos dos sindicatos de amanhã, o secretário tucano disse que o PSDB tem outro estilo. "A gente faz política nas instâncias naturais, nos plenários das assembleias."

Na sexta-feira, cerca de 5.000 pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram do protesto dos professores que acabou com 20 feridos depois de um confronto com policiais. A categoria está em greve desde o dia 8 de março.

No mesmo dia, a presidente do sindicato Maria Izabel Azevedo Noronha, que é filiada ao PT, admitiu que a greve da categoria é política. Mas negou que tenha relação com o PT. "É política, mas não é partidária", disse ela sobre a paralisação.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u714160.shtml

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