Reuters
Em uma tentativa de passar a imagem de que o partido está unido para disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010, o PSDB apresentou nesta quinta-feira ao País, em propaganda de televisão, seus dois pré-candidatos à Presidência da República, os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG).
Os dois dividiram o tempo do programa e chegaram a elogiar um o trabalho do outro. Nos bastidores, eles disputam a preferência do partido para enfrentar a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT).
Primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, Serra disse que o maior desafio do Brasil é a saúde. O governador lembrou as iniciativas que capitaneou quando foi ministro da área e as que tem feito em São Paulo. "Remédio para os mais pobres tem que ser de graça", afirmou. Já Aécio focou em segurança: "em Minas, nos últimos sete anos, investimos mais que qualquer outro Estado em segurança pública".
Os dois pré-candidatos falaram da importância da educação, cursos profissionalizantes e geração de empregos. "É o ensino que vira emprego", disse Serra, citando também a questão ambiental. "O Rodoanel é uma prova que dá para respeitar o meio ambiente, gerar empregos e construir o progresso e o desenvolvimento."
"Precisamos ser mais ousados e criativos. Temos que oferecer aos brasileiros uma nova ideia de escola, de ensino, de cultura e principalmente formação ética e moral", afirmou o governador mineiro, que também defendeu a redução das desigualdades regionais do País e citou especialmente o caso do Nordeste - região em que o presidente Lula tem seus maiores índices de popularidade.
O programa também contou com uma troca de elogios. Primeiro foi Serra quem falou de Aécio: "sete anos o governador Aécio governa Minas Gerais com trabalho e grande competência e muita qualidade".
Ataques ao governo
Além de Serra e Aécio, participou do programa o presidente da legenda, senador Sergio Guerra (PE). Em resposta às críticas de integrantes do governo de que o PSDB defende a privatização de estruturas do Estado, o parlamentar disse que o governo do PSDB controlou a inflação e "modernizou" o País, abrindo espaço para a universalização da telefonia.
Guerra afirmou também que foi o PSDB que criou diversos programas sociais que, depois de unificados pelo governo Lula, passaram a ser chamados de Bolsa Família.
Dizendo que o partido trabalha com "competência e seriedade", ele destacou que nos últimos anos os indicadores de saúde, segurança, educação e infraestrutura pioraram no País.
"Não adianta ficar falando que o Brasil é uma potência mundial e virar as costas para os problemas dos brasileiros", disse. "Não está certo emprestar dinheiro para os estrangeiros e não investir no Brasil e nos brasileiros."
Guerra criticou o esforço do governo para divulgar suas ações. "É menos discurso e mais trabalho, menos palanque e mais ação."
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