Pré-candidata à presidência pelo PV diz que números são ‘significativos’
Bruno Mestrinelli - Agência BOM DIA
A senadora Marina Silva (PV-AC), pré-candidata do partido à presidência da República, minimizou ontem seu fraco desempenho nas pesquisas pré-eleitorais realizadas até o momento. Ela esteve em Bauru ministrando a palestra “Brasil Sustentável.”
Como o BOM DIA mostrou, a pesquisa CNT/Sensus, divulgada segunda-feira, a coloca com no máximo 10,4% das intenções de voto, no cenário sem o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
“É uma conta muito positiva”, afirma a senadora. Ela citou que outros pré-candidatos já estão em campanha há mais tempo do que ela. “O Serra é candidato desde a última eleição, a Dilma [Rousseff, ministra] há três anos que o presidente Lula defende a candidatura dela, meu amigo Ciro Gomes já vem das eleições passadas”, afirma.
Marina Silva ressaltou ainda que não faz cálculos eleitorais baseados em pesquisas. “Se eu fizesse cálculos não teria feito nada na vida”, comenta, descartando que um fraco desempenho nas pesquisas possa atrapalhar a indicação oficial do partido.
Senadora descarta vice do PSOL
Marina Silva praticamente descartou ceder o posto de vice-presidente da sua possível candidatura em 2010 para o PSOL, partido da ex-senadora Heloísa Helena.
Ela admitiu que as duas legendas estão conversando para tentar fechar um acordo, mas que o cargo nunca foi pedido pelo PSOL e muito menos oferecido por ela. “Não está colocada a questão do vice [nas conversas]”, afirma.
Marina voltou a insistir na importância da filiação do empresário Guilherme Leal, dono da Natura, empresa de cosméticos. “Eu deixei muito claro que fiz um esforço muito grande para que o ambientalista e empresário Guilherme Leal se filiasse ao PV”, comenta.
A pré-candidata destacou ainda que as executivas dos dois partidos vão conversar para tentar aprofundar uma possível aliança e aparar as arestas de diferenças programáticas entre PSOL e PV.
Marina ainda negou que qualquer aliança do partido para as próximas eleições sejam baseadas em tempo partidário na televisão e recursos para a campanha. “O importante é o compromisso programático”, diz a senadora, que seguiu agenda pré-eleitoral em Jaú, Pederneiras e Bocaina.
‘Metas climáticas são tímidas’
Ex-ministra do Meio Ambiente do governo Lula, Marina Silva classificou como “tímida” a proposta que será levada pelo Brasil de redução da emissão de dióxido de carbono à Cúpula de Copenhague, conferência que deve estabelecer novas metas que substituam o Protocolo de Kyoto, de 1997.
“[A proposta] é de redução em relação às projeções e não sobre emissão efetiva. Poderia ser mais. Fica incerto e não ganha a densidade que precisava”, comenta.
Ela destacou que as metas climáticas brasileiras não vinham sendo debatidas antes de ela ser lançada como pré-candidata à presidência da República. “O governo não ia apresentar proposta de redução, nem metas. Há três meses esse tema estava em ‘caudagésimo’ lugar”, acusa.
Apesar dos problemas apontados, Marina Silva pensa que o Brasil ainda pode ter papel de liderança na Cúpula de Copenhague, que será realizada em 7 de dezembro.
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