Rayder Bragon
Especial para o UOL Notícias
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), saiu nesta sexta-feira (4) em defesa do senador tucano Eduardo Azeredo (MG), que ontem virou réu em ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para investigar suposto esquema de desvio de dinheiro de empresas públicas mineiras e prática de caixa 2 durante sua campanha de reeleição ao governo do Estado, em 1998.
"O senador Eduardo Azeredo foi vítima do conturbado momento político pelo qual nós estamos passando. Eduardo Azeredo é um homem de bem, quem o conhece sabe disso", afirmou após solenidade no Palácio da Liberdade, sede oficial do governo mineiro.
Apesar de admitir que houve problemas na gestão de Azeredo, Aécio disse não ter visto indícios de participação direta do senador no episódio. "Problemas ocorreram na prestação de contas, na arrecadação de recursos, mas eu não vi nada que me desse garantias de que tenha havido, enfim, uma intermediação, uma ação direta do senador", afirmou.
Por outro lado, ele disse que a partir de agora, o parlamentar poderá ter mais tempo para se defender das acusações.
"O senador Eduardo, é preciso que fique claro, não foi condenado, o Supremo (STF) apenas autorizou a abertura de processo. E com serenidade e com tranquilidade que cabem aos homens de bem, como o senador Eduardo Azeredo, ele terá condições de se defender e, espero eu, provar sua
Mau momento
Aécio Neves avaliou como um "mau momento" a última semana vivenciada pela oposição devido às denúncias contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), acusado pela PF (Polícia Federal) de ser mentor de suposto esquema de pagamento de propina a parlamentares. No entanto, Aécio procurou relativizar os acontecimentos e seus reflexos para a eleição de 2010.
"Não foi um bom momento, eu registro isso de forma muito clara. Mas, se você me perguntar se eu acho que isso tem um reflexo direto nas eleições de 2010, eu diria, com muita clareza, que não. São problemas específicos, são problemas pontuais', avaliou.
Aécio Neves reforçou a tese de que o imbróglio político causado pelo denominado "mensalão do DEM" deverá ter uma decisão, mas que ela seja tomada exclusivamente pelos democratas. Ele reiterou que a oposição deve continuar apresentando propostas. Para tanto, citou a propaganda partidária do PSDB, veiculada ontem, "mostrando a diferença entre o nosso modo de governar daqueles que estão no governo".
http://noticias.uol.com.br/politica/2009/12/04/ult5773u3246.jhtm
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