27 de fev. de 2010

Ciro Gomes: Em tom de campanha, volta a criticar o governo de Lula

O deputado ainda aposta na desistência de José Serra na corrida pelo Palácio do Planalto

Correio Braziliense 

A aliança entre PT e PMDB voltou a ser tema de ataques do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), pré-candidato à Presidência da República. Em Fortaleza, Ciro classificou o arranjo entre petistas e peemedebistas de “ajuntamento oportunista” e afirmou que há “um roçado de corrupção” no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Já falei que essa aliança é um roçado de corrupção, um roçado de escândalos” afirmou o parlamentar, em entrevista à rádio CBN.

Na mesma entrevista, Ciro disse que acredita na desistência do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), na corrida pelo Palácio do Planalto. “O Serra vai ter que mostrar a carta. Vai renunciar ao governo de São Paulo ou não. Eu acho que ele vai correr da briga. Acho que ele vai disputar (a reeleição) o governo de São Paulo”, comentou, acrescentando que, com Serra fora do páreo, os tucanos devem lançar o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, como candidato à sucessão presidencial.

Problema endêmico
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, classificou a corrupção brasileira como um “problema endêmico e permanente”. Adams também defendeu o papel da sociedade como fiscal da gestão dos agentes públicos. “Cabe ao Estado e aos cidadãos exercerem a vigilância e o controle permanente contra essa patologia”, afirmou Adams, ao participar do programa radiofônico Bom dia, ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação.

Adams disse que o problema da corrupção não é só brasileiro, porém, destacou que o país passa por um processo de “renovação”.

Sobre a situação política no Distrito Federal, agravada com a prisão do governador afastado, José Roberto Arruda (sem partido), o ministro explicou que, se for decretada a intervenção pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a unidade federativa perderá autonomia administrativa.

“Com a intervenção, a União intervém no estado retirando a sua autonomia administrativa para preservar o respeito dos princípios democráticos previstos em lei. Para isso, o Supremo Tribunal Federal identifica a causa para a intervenção, o presidente (da República, Luiz Inácio Lula da Silva) designa o interventor e estipula os prazos”, explicou o ministro.

Legislativo
Segundo Luís Inácio Adams, a situação mais complicada seria no âmbito do Legislativo local. “Para isso, não existem precedentes, pode ocorrer desde a substituição da presidência da Casa como a própria substituição da Câmara Legislativa pelo Congresso Nacional”, completou o ministro.

Ex-procurador-geral da Fazenda Nacional, Luís Inácio Adams tomou posse na Advocacia-Geral da União em 23 de outubro do ano passado. Procurador da Fazenda Nacional desde 1993, ele chegou à chefia da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) em 2006. A atuação à frente do órgão o credenciou para chegar ao cargo de ministro da AGU.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/02/27/politica,i=176217/EM+TOM+DE+CAMPANHA+CIRO+GOMES+VOLTA+A+CRITICAR+O+GOVERNO+DE+LULA.shtml

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