16 de out. de 2009

Marqueteiros oscilam entre entusiasmo e dúvida em campanha via SMS

GABRIELA MANZINI

Folha Online - 16/10/2009

O entusiasmo em apostar em campanha política via SMS no Brasil já em 2010 contrastou com a falta de comprovação dos resultados eventualmente obtidos com o emprego dessa tecnologia naquela que foi a campanha mais multimídia da história, a de Barack Obama para a Presidência dos Estados Unidos, em um seminário do setor realizado nesta sexta-feira, em São Paulo.

No seminário, o marqueteiro Scott Goodstein, responsável pela exploração de "novas mídias" na campanha de Obama, comemorou o meio como ferramenta para transformar os cidadãos meramente interessados em uma campanha em seus cabos eleitorais, mas disse que não há pesquisas sobre o número de receptores de SMS que vão às urnas.

"Nossa campanha queria garantir que a comunicação seria uma via de mão dupla. Dois anos [nos EUA, as campanhas começam com as primárias, no ano anterior à votação] é um bom tempo para engajar pessoas, isso quando 50% dos americanos sequer vai votar", afirmou o marqueteiro, segundo quem a equipe democrata conseguiu responder "dezenas de milhares" de perguntas de eleitores via SMS.

O americano ressaltou que, na campanha de Obama, o objetivo do SMS não era pedir votos, mas estabelecer essa conexão mais próxima das pessoas que levassem mais voluntários aos comitês em busca de maneiras de colaborar. Goodstein afirmou que esse método contrapôs a campanha àquelas "do passado", que só "mandavam comunicados à imprensa e colocavam anúncios na TV". "Acho que, no futuro, em votações apertadas, se SMSs puderem aumentar o comparecimento em 2% a 3%, eles farão uma grande diferença."

Na reta final da campanha, Goodstein contava com 1 milhão de celulares aptos a receber as mensagens democratas. Ele diz que pelo menos 90% dos SMSs que uma pessoa recebe são abertos, ainda que sejam deletados em seguida, o que não ocorre com e-mails, que acabam descartados automaticamente --há de se considerar, no entanto, que, nos EUA, os donos de celulares pagam por cada SMS recebido.

No Brasil, onde o recebimento de SMSs depende apenas de uma autorização do proprietário da linha --o que pode ser feito no momento da contratação ou depois, em licença específica--, o diretor de negócios mobile da agência F.biz, Marcelo Castelo, vê oportunidade. Para ele, no país, o SMS chega a ser mais eficiente que a internet para falar com as classes C, D e E, por exemplo, porque é um público com mais acesso a celular que à web.

Ele destaca que, enquanto existem 68 milhões de brasileiros conectados à internet, a telefonia móvel conta com 164 milhões de usuários.

Castelo ressalta ainda que o brasileiro troca de celular, em média, a cada um ano e meio, e que, como os aparelhos tendem a incorporar tecnologias progressivamente, a tendência é a de maior envolvimento.

"Antigamente, os celulares eram como canivetes suíços cheios de funções que pouca gente usava. Cada vez mais, nossa realidade é a do iPhone, que revolucionou o mercado, com os ícones na tela", disse. Para o marqueteiro, como o brasileiro troca de aparelho, em média, a cada um ano e meio, a tendência é a de que as inovações sejam incorporadas rapidamente.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u639240.shtml

2 comentários:

  1. domingos aparecido08:26

    O JOVEM IDEALISTA E OS POLÍTICOS.
    Júlio era um jovem inteligente, simpático e formoso, na universidade era chamado de Brad Pitt. O grande questionamento dele era o sistema tributário brasileiro. Dizia para os amigos que o Brasil é o país do contraste, nas comunicações andamos de avião a jato e nos impostos andamos de "carroça". Para conhecer melhor é só visitar as divisas dos estados, carimbam notas fiscais como faziam há 50 anos, a burocracia propicia a corrupção. 58 impostos, é demais! Júlio ficou sabendo que no ano de 2008, foram sonegados mais de 200 bilhões de reais, segundo o ex-presidente da Receita Federal. Aí ele tomou uma decisão e enviou para os Deputados e Senadores uma sugestão que, segundo ele, vai acabar com a sonegação e os produtos irão baixar em torno de 30%. SUGESTÃO:
    1) Volta da CPMF com alíquota de 1%, vai arrecadar 1 trilhão de reais (a internet será usada para facilitar a vida);
    2) Imposto sobre combustíveis e comunicações (cobrar na fonte);
    3) Imposto sobre cigarros e bebidas alcóolicas (na fonte);
    4) Imposto de importação e exportação (os chineses ficarão bravos);
    5) Imposto de Renda. ***** Bá, tchê, de 58 para 5, é bom demais!!! (MAIS IPTU)
    A distribuição para os estados seria proporcional, mesmo método usado pelo Ministério da Educação. Júlio dizia a todos que em pouco tempo o Brasil seria a segunda economia do planeta. Pena que o jovem morreu em um grave acidente de moto. Está escrito: "Pois a nossa pátria está nos céus" (FP 3:20).

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  2. Antonio Fouto Dias08:28

    A Ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, deveria mais é se preocupar com o desempenho do seu cargo, o qual mais fica ocioso do que funcionando, pois ao invés do exercício do referido cargo, prefere fazer campanha a tira-colo do Presidente Lula, onde ele estiver, e o pior de tudo é que quem poderia ver, veda os olhos.
    Bem, certamente ela prefere fazer campanha porque é praticamente uma desconhecida e, quando está na Casa Civil pode cometer equívocos como o dossiê que virou banco de dados e o encontro com Lina que creio a maioria dos que tem conhecimento sobre o assunto, tem certeza de que esse encontro surgiu.
    O pior de tudo é o anúncio de Lina Vieira em que revela que encontrou sua agenda em que consta o encontro, mencionando dia e horário; e agora, Senhora Dilma, como ficamos?
    Ah! vai ser mais uma de Lina, não é?
    Argumentação para descaracterizá-la, creio que não vai faltar, inclusive que seu marido foi ministro de FHC já foi mencionado, como se isso fosse algum demérito.
    No meu ponto de vista isto é simplesmente o reflexo que se vê no expelho do PT mas que. como pode tudo, vai ficar como está e tudo continua como antes.

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