estadao.com.br - quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Nesta quinta, Temer deve informar Lula de que setores do partido aprovaram acordo entre as siglas
Denise Madueño, da Agência Estado
BRASÍLIA - A oito meses da convenção partidária que vai definir quem o PMDB terá como candidato à presidência da República, a cúpula do partido decidiu formalizar o apoio à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, na sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a indicação de um peemedebista para a vice-presidência da chapa. O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), vai informar Lula, na quinta-feira, 7, do resultado do jantar de terça-feira, 6, no qual setores do partido aprovaram por unanimidade o acordo.
O PMDB espera que, já na próxima semana, Lula reúna o PMDB e o PT para sacramentar o que vem sendo chamado de pré-compromisso. Os dois partidos vão deixar claro que estarão juntos na disputa presidencial em 2010. O partido não apresentará o nome do vice agora, mas Temer é o cotado para o cargo.
"O PMDB está pronto para sinalizar ao País inteiro que, coerentemente, estaremos juntos no palanque de Dilma", afirmou o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), organizador do jantar. A partir de agora, o partido vai buscar acordos nos Estados e os votos dos convencionais para garantir em junho a aprovação da aliança nacional.
"Com o pré-compromisso acertado, vamos nos dedicar, como aliados, a tentar resolver as questões nos Estados", disse Henrique Alves. O líder considera que o pré-acordo vai acabar com inseguranças e inquietações no partido. "Vamos cessar as especulações e definir o rumo (do partido e da aliança)", continuou o líder.
Peemedebistas que enfrentam problemas estaduais para fechar acordo com os petistas estavam presentes e aceitaram a decisão do partido de aliança nacional com o PT e Dilma. A cúpula partidária considera que em alguns Estados será quase impossível fechar uma aliança dos dois partidos e a disputa será inevitável. Esse é o caso, por exemplo, da Bahia. O ministro de Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, disse, durante o jantar, ser irreversível sua decisão de disputar o governo do Estado contra o governador Jaques Wagner (PT), que deseja a reeleição.
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