Correio do Brasil, com ACS - de São Paulo
A disputa interna no PMDB vem ganhando contornos cada vez mais pitorescos. Embora já tenha declarado publicamente sua preferência por uma aliança com o PSDB, e o nome de José Serra para a Presidência, o ex-governador Orestes Quércia, presidente do PMDB paulista, agora já admite que o partido apresente a lista tríplice para indicar o vice de Dilma, como quer o presidente Lula, contrariando, assim, as pretensões do presidente da Câmara Michel Temer.
– Tudo bem o Lula querer uma lista tríplice. Por que não? – afirmou Quércia aos jornalistas de um diário paulistano.
Se isso já não bastasse, Quércia também começa a desenhar uma aproximação com o governador do Paraná, Roberto Requião, que defende candidatura própria do partido para a sucessão de Lula.
Diante desse quadro é que acontecerá neste domingo a eleição que definirá a futura direção do PMDB de São Paulo. De um lado, Quércia, que comanda o partido no Estado há cerca de 20 anos, e de outro o ex-prefeito de Osasco e atual deputado federal, Francisco Rossi, que defende que o partido tenha candidato próprio à sucessão de José Serra e lidera a ala dos que não querem que o PMDB se alinhe aos tucanos no ano que vem.
– Apesar de o Quércia ficar alardeando que o Temer está na chapa dele, a verdade é que ele está contrariando o Temer, em todos os sentidos. Além de estar trabalhando pelos interesses do PSDB e de José Serra, o Quércia agora até defende a lista tríplice para indicar o vice da Dilma (Roussef). E, para completar, começou a defender uma candidatura do Requião ao Planalto. Ele está atirando para todos os lados e acha os membros do PMDB de São Paulo são fossem ignorantes – afirma o principal articulador da candidatura Rossi, Fernando Fantauzzi, ex-secretário de Planejamento da cidade de São Paulo.
A eleição do PMDB paulista acontece neste domingo, na Assembleia Legislativa de São Paulo a partir das 9h.
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