11 de dez. de 2009

DEM acompanha eleições no Chile para tirar lição para 2010

Terra

O DEM enviou quatro representantes para observar as eleições no Chile. Oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o partido está convencido de que a eventual derrota de Michelle Bachelet, mesmo com 80% de popularidade, pode servir como uma espécie de lição para os partidos oposicionistas brasileiros nas eleições de 2010. Para analistas políticos chilenos, não há transferência de votos de Bachelet para o candidato governista Eduardo Frei Ruiz.

Estão no Chile o ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia - pai do presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) -, os deputados Alceni Guerra (PR), Germano Bonow (RS) e Matteo Chiarelli (RS). Todos estão sendo custeados pelo partido nos dias que passarão em Santiago.

"Estas eleições têm muito a nos ensinar. O Chile tem um passado de violência e derramamento de sangue e agora pode fazer uma transição da esquerda para a direita sem traumas nem choques", disse Guerra. Para ele, "é muito interessante observar que a presidente Bachelet, com uma altíssima popularidade, pode sair derrotada".

Para os deputados Bonow e Chiarelli, as eleições no Chile devem ser observadas como uma lição. "Estive nas eleições no Uruguai e vi como a população participa nas ruas e tem interesse pela política. Isso é do latino-americano. Mas aqui me espantou ver como são poucas as propagandas de rua", disse Bonow.

"Na América Latina vivemos uma contradição perigosa, que é o surgimento do não comprometimento com os valores democráticos e republicanos. Temos de estar atentos", afirmou Chiarelli. A corrida eleitoral no Chile envolve o candidato da oposição Miguel Sebastián Piñeira, da coligação Alianza (centro-direita), o ex-presidente Eduardo Frei Ruiz, da coligação Concertación (de Bachelet), o independente Marco Enriquez-Ominami Gumucio e Jorge Arrate (Juntos Podemos Mais), ambos da esquerda.

Os cerca de nove milhões de chilenos irão às urnas no próximo domingo. Mas, de acordo com pesquisas recentes de opinião, deve haver segundo turno em 17 de janeiro. O presidente eleito no Chile assume o governo em 11 de março de 2010.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4152240-EI7896,00-DEM+acompanha+eleicoes+no+Chile+para+tirar+licao+para.html

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