Folha
TAI NALON
colaboração para a Folha
O senador Aloizio Mercadante (PT) lançará sua pré-candidatura ao governo de São Paulo no próximo sábado (24) sem compor chapa. Embora as conversas com lideranças do PDT e do PR estejam avançadas para a vaga de vice, o partido evita fechar alianças até se esgotarem as possibilidades de apoio de partidos importantes da base, como o PSB.
Os socialistas querem lançar Paulo Skaf, presidente da Fiesp, ao Palácio dos Bandeirantes, mas o diretório estadual do PT ainda espera diálogo. A preocupação, além de dar musculatura à candidatura do senador petista, é garantir palanque único a Dilma Rousseff no Estado na eventualidade de Ciro Gomes desistir da candidatura ao Planalto.
"Aguardamos a posição do coletivo de partidos, que ainda estão em fase de negociação com as bases, para então fechar qualquer compromisso", disse Mercadante, que está na segunda colocação nas pesquisas de intenção de voto.
"Não queremos fechar um espaço de diálogo entre os partidos da base", afirmou Edinho Silva, presidente estadual do PT. Segundo ele, ceder a vaga de vice ao PSB não está fora de questão. "Tudo depende de conversas com o nosso coletivo de partidos."
Nesta segunda-feira (19), integrantes da cúpula paulista estão reunidos no diretório para definir as diretrizes principais da candidatura de Mercadante ao Estado. A ideia é focar no que a gestão do ex-governador José Serra foi mal avaliada ou está em crise. Pontos como transporte público, segurança pública e funcionalismo público --tendo como base as recentes greves dos professores e dos profissionais da saúde-- devem dar a tônica da campanha.
Na dianteira das pesquisas, o principal adversário de Mercadante, o ex-governador tucano Geraldo Alckmin, marcou o lançamento de sua candidatura para 29 de abril com alianças já acertadas. Guilherme Afif Domingos, do DEM, será o vice. O PSDB ainda vai compor com o PMDB de Orestes Quércia e tem chances de trazer o PTB e o PPS.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u722917.shtml
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