21 de abr. de 2010

Na TV, Serra defende mandato de cinco anos, mas evita falar de Aécio como sucessor

Folha - colaboração para a Folha

Como contraponto à entrevista de Dilma Rousseff (PT) à TV Bandeirantes, o ex-governador e pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, concedeu nesta quarta-feira (21) entrevista ao jornal SBT Brasil e defendeu o mandato presidencial de cinco anos.

Serra fez referência ao presidente Juscelino Kubitschek, "que fez 50 anos em cinco", e disse que cinco anos são suficientes para um presidente. "Observando o Brasil como um todo, é possível ver que não deu certo. Em alguns lugares deu certo; em outros não", disse.

A afirmação deu brecha ao comentário sobre as pretensões presidenciais do ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, do mesmo partido do pré-candidato. Questionado sobre se o ex-governador seria seu sucessor no Planalto caso fosse eleito neste ano, Serra disse que é contra o segundo mandato há mais tempo que as especulações sobre Aécio presidente. "É uma música que eu toco há muito tempo", comentou.

José Serra reprovou as recentes ocupações do MST, que, segundo ele, ganha muito dinheiro do Estado para continuar realizando invasões e "usa a reforma agrária como pretexto".

O ex-governador também tentou amenizar o tom das recentes críticas à política externa do governo Lula, chamada de "ridícula" por partido aliados ao PSDB. Serra afirmou que "tudo tem uma evolução e muitas conquistas importantes", ressaltando a vitória diplomática da quebra de patentes dos medicamentos genéricos, da qual participou durante o governo FHC.

Ainda sobre diplomacia, afirmou que manteria relações diplomáticas "normais" com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e com a família Castro, em Cuba.


http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u724127.shtml

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