20 de abr. de 2010

PSTU nega aliança de esquerda nas eleições deste ano

Do R7

Segundo o partido, divergências sobre programa e doações impedem coligação

O pré-candidato do PSTU a presidente, Zé Maria, declarou que não irá participar de uma frente de esquerda nesta eleição. Em 2006, o partido havia feito uma coligação junto ao PSOL e ao PCB para apoiar a candidatura da ex-senadora Heloísa Helena.
Em um ato no Rio de Janeiro, Zé Maria lamentou o fim da possibilidade de aliança e criticou o PSOL por não ter concordado com um programa, para a campanha, que considera realmente capaz de mudar a vida dos trabalhadores.

- Só tem sentido a apresentação de uma candidatura socialista se for com um programa socialista. Mas não tivemos acordo nesse tema que aparentemente é bastante simples.

Outro tema polêmico foi o financiamento de campanha. Nas eleições municipais de 2008, o PSOL foi criticado por aceitar doações de uma grande empresa, a Gerdau, para a candidatura de Luciana Genro.

Desde então, o PSTU cobrava do PSOL que recusasse o financiamento privado, para garantir a independência política.Porque, para Zé Maria, quem paga, manda.

Segundo o PSTU, além destas divergências, a crise interna do PSOL precipitou o fim da frente. O partido está dividido quanto à escolha de seu candidato, mas no último dia 10, indicou Plínio de Arruda Sampaio, como pré-candidato.

- Um partido que não conseguiu sequer se unir para apoiar seu próprio candidato obviamente não tem condições de liderar uma frente de esquerda.

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/pstu-nega-alianca-de-esquerda-nas-eleicoes-deste-ano-20100420.html

Um comentário:

  1. Rafael Rossi16:56

    O governo Lula demonstrou que é impossível governar para os trabalhadores em aliança com os patrões. Um governo que não investe o suficiente em educação e saúde, mas destina 370 bilhões de reais para salvar os bancos na crise econômica não é dos trabalhadores. Infelizmente, o primeiro movimento do PSOL foi o de procurar Marina silva, do PV, partido que esteve no governo César Maia aqui no Rio,ou seja, fazendo aliança com partidos que não são da classe trabalhadora. Agora, aprovou no Rio Grande do Sul a possibilidade de receber dinheiro de empresários na campanha. Quem paga a banda, escolhe a música. Independência de classe, política e financeira, é fundamental para que não se repitam os erros do PT. O Brasil precisa de uma candidatura realmente socialista. A base do programa de Zé Maria será o programa votado no CONCLAT e no Congresso da CONLUTAS, ou seja, o programa discutido e votado pelos trabalhadores e por todos os ativistas que estão na luta contra os ataques do governo aos nossos direitos.

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