16 de abr. de 2010

Serra:"Não necessariamente o sucessor replica o antecessor"

Coreio Braziliense

Em entrevista a uma rádio de São Paulo, o candidato tucano à Presidência da República, José Serra, buscou criar um vínculo entre uma situação ocorrida em São Paulo em meados da década de 1990 com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Dilma Rousseff, pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto. Ao citar como exemplo a eleição de Celso Pitta em 1996, morto no ano passado, para prefeito de São Paulo, com o engajamento de Paulo Maluf na campanha, Serra disse: “Não necessariamente o sucessor replica o antecessor, mesmo se tiver sido apoiado por ele. Pode acontecer e pode não acontecer.”

“Maluf estava bem avaliado e bancou Pitta. Pitta foi diferente de Maluf. Foi outra coisa”, completou. Durante a entrevista, Serra manteve a postura de criticar o presidente Lula, mas agiu exatamente como em Salvador na quarta-feira: apontou as deficiências do país em infraestrutura, prevenção de tragédias, tributos e a falta de segurança. “Nos últimos 25 anos, o Brasil avançou. Lula também colocou muita coisa por diante. Sou de acordo com ele de que devemos dar os créditos a quem fez. E podemos fazer mais.”

Para Serra, a abordagem do passado durante a campanha presidencial deve ficar restrita ao currículo de cada candidato ao Palácio do Planalto. “Não procurei me descolar de Fernando Henrique Cardoso. Fui ministro da Saúde convidado por ele. Eu posso discutir o que eu fiz”, comentou. “Lula não é candidato, assim como não são os ex-presidentes (Fernando) Collor (atual senador pelo PTB de Alagoas), (José) Sarney (atual presidente do Congresso), Itamar Franco e Fernando Henrique. Discutir quem não é candidato não faz muito sentido”, emendou.

Viagem a Minas
Depois de passar pela capital baiana na última quarta-feira, Serra se prepara agora para ir até Belo Horizonte, na próxima segunda-feira. Haverá um ato político com a participação do ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB), possível candidato ao Senado nas próximas eleições. A expectativa é de que 300 pessoas participem do evento.

O evento vai marcar ainda a entrega a Serra de um plano de ação com foco em Minas. A ideia é que o documento, em fase final de elaboração, integre o programa de governo do presidenciável. Entre os pedidos dos mineiros estão obras viárias e a revitalização do Rio São Francisco, que nasce na Serra da Canastra.

INVESTIGAÇÕES ABERTA NO TSE
» O ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Joelson Dias, acatou pedido do PSDB para investigar a pesquisa Sensus divulgada na terça-feira que mostra empate técnico entre o tucano José Serra e a petista Dilma Rousseff. O pedido foi fundamentado sobre a polêmica em torno do financiamento do levantamento. Primeiro o instituto informou ter sido contratado pelo Sindicato de Trabalhadores em Concessionárias de Rodovias (Sindecrep). A entidade negou e o Sensus corrigiu a informação alegando que o contratante era o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada de São Paulo (Sintrapa). Outra reclamação está centrada no prazo de divulgação do levantamento.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/16/politica,i=186552/SERRA+NAO+NECESSARIAMENTE+O+SUCESSOR+REPLICA+O+ANTECESSOR.shtml

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