Valor Econômico
Eleita a nova direção do PT, lideranças do partido reúnem-se com a cúpula do PMDB amanhã, em Brasília, para tentar resolver impasses nas alianças estaduais. É o segundo encontro do grupo de dirigentes designado para viabilizar a coligação eleitoral. Os pemedebistas cobrarão o apoio do PT na disputa em Estados como Rio de Janeiro e Minas Gerais e reforçarão o pré-compromisso de apoio à candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
No encontro, lideranças do PMDB minimizarão a moção assinada por representantes de 15 diretórios estaduais do partido em favor do lançamento da candidatura própria à Presidência, em 2010. No fim de semana, dirigentes lançaram Roberto Requião, governador do Paraná, à disputa. A cúpula do PMDB, que apoia a candidatura de Dilma, classificou a iniciativa como um "movimento fora de hora", com pouca representatividade. "É uma tese fora de época", afirmou o líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves, integrante da Executiva nacional. "Se fosse para o partido lançar candidato próprio, isso já teria que ter sido feito, no começo do ano", disse. "Dos nove governadores do PMDB, apenas dois assinaram", comentou Alves, que destacou a ausência do presidente licenciado do PMDB, Michel Temer, e da atual presidente do partido, Iris Resende.
O PMDB pedirá garantias de apoio do PT nos Estados. "Para o PT, o patrimônio é a candidatura à Presidência. Para o PMDB, são as disputas estaduais", comentou Alves. Os pemedebistas cobrarão a intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Rio, caso o diretório estadual apoie o prefeito Lindberg Farias - e não a reeleição de Sérgio Cabral (PMDB). Em Minas, o partido defende um acordo com o PT e analisa a possibilidade de não lançar o ministro Helio Costa. Na Bahia e no Pará, o PMDB defende dois palanques para Dilma. (CA)
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