25 de nov. de 2009

PT e PMDB se reúnem para tratar de disputas estaduais

CHRISTIANE SAMARCO - Agencia Estado

BRASÍLIA - As cúpulas do PT e do PMDB se reuniram hoje pela manhã para tratar das disputas entre os dois partidos nos Estados, e o resultado do encontro agradou os peemedebistas. Os líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e do PT, Candido Vaccarezza (SP) reconhecem que são cinco os Estados onde há disputa entre as duas siglas pelo governo estadual: Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará e Bahia.

No Rio e em Minas Gerais, a articulação vai demorar um pouco mais por conta da disputa, dentro do PT, pelo comando do diretório estadual. O PT realizou eleições gerais no último final de semana e nesses dois colégios eleitorais haverá segundo turno. Mas no Pará, os comandos das duas legendas já agendaram uma reunião para a semana que vem com as duas forças que disputam o governo paraense: a governadora petista Ana Julia Carepa e o deputado Jáder Barbalho (PMDB), que quer se lançar na corrida estadual.

"Nós vamos chamar a governadora a Brasília, teremos uma conversa com ela e outra com o Jader, para resolver a questão. O importante para o PMDB foi constatar que o PT está disposto a resolver os problemas e não empurrá-los com a barriga", afirmou Eduardo Alves. Procedimento semelhante deve se repetir com petistas e peemedebistas mineiros e fluminenses. Mas isso vai ficar para depois do segundo turno dos diretórios petistas.

Na Bahia, os dois partidos já dão como certa a disputa entre o governador Jaques Wagner, candidato à reeleição, e o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB). "Haverá dois palanques. A nossa candidata, Dilma Rousseff (ministra da Casa Civil), estará presente em ambos e não se fala mais nisso", ressaltou Alves.

O PMDB tem mais pressa que o PT para fazer os acertos regionais, por conta do calendário da "renovação" do diretório nacional. O mandato do presidente licenciado do partido e presidente da Camara, Michel Temer (SP), vence em março, quando haverá nova eleição. Para que ele possa ser reeleito com folga de votos, confirmando a aliança em torno da candidatura presidencial de Dilma, será preciso resolver os problemas nos Estados que terão mais votos na convenção nacional do PMDB. Só Minas Gerais, por exemplo, tem quase 10% dos votos da convenção, com 69 eleitores.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,pt-e-pmdb-se-reunem-para-tratar-de-disputas-estaduais,471968,0.htm

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