24 de nov. de 2009

Dirceu diz que divergências entre PT e PMDB trazem incerteza para aliança nacional

da Folha Online

O ex-ministro José Dirceu disse hoje em seu blog que o PT precisa analisar o lançamento de candidaturas próprias nos Estados em que o PMDB também estará na disputa. Para ele, o lançamento dessas candidaturas próprias coloca em risco a aliança nacional entre os dois partidos e trazem incerteza para a pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

Ele cita o caso do Rio de Janeiro, onde o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT) quer sair candidato ao governo e enfrentar o governador Sérgio Cabral (PMDB), que tentará a reeleição em 2010.

"No Rio é disso que se trata: se vamos marchar com o governador Sérgio Cabral (PMDB) ou romper com ele, sem levar em conta o cenário nacional. Não levar em conta essa realidade e lançar candidaturas próprias rompendo alianças regionais pode nos custar o apoio do PMDB e transformar numa incerteza uma eleição que temos grande chances de vencer", escreveu ele no blog.

Dirceu diz que essa situação pode obrigar Dilma a se dividir em três palanques no Rio. "Se lançar [candidato próprio], estarão criados três palanques para nossa candidata Dilma Rousseff: o do PMDB com o governador Sérgio Cabral; o do PR, com o ex-governador Anthony Garotinho; e o do PT com o prefeito Lindberg Farias", escreveu.

O ex-ministro afirma que não se trata de enquadrar as candidaturas próprias do PT nos Estados. "Trata-se, sim, se vamos ter o apoio do PMDB em nível nacional, o que depende em parte das alianças e palanques estaduais e do apoio das suas lideranças regionais, nas quais reside a principal força peemedebista."

Em relação a outros Estados, Dirceu afirma que é natural que a aliança PT-PMDB não se repita. "Temos que nos render à realidade. Há casos em que o PMDB não nos apoiará em hipótese alguma como São Paulo e Pernambuco, e mesmo Rio Grande do Sul e Acre. São Estados em que há divergências históricas que nessa eleição se consolidaram. Particularmente em SP e PE, menos no RS e mais no AC", escreveu ele.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u656892.shtml

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