O POVOonline
O governador de São Paulo e presidenciável tucano, José Serra, comentou ontem a disposição do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) em disputar o Planalto em 2010 e a recente declaração do socialista de que se o candidato do PSDB for o governador de Minas, Aécio Neves, sua candidatura não será mais necessária.
``Acho que não tem nada a ver. Primeiro que nem candidato ele é. Ele (Ciro) não vai fazer nada que o Lula não queira. Isso é jogo político e não tem consequência nenhuma, é inexistente``, disse Serra em entrevista à rádio Jovem Pan.
O tucano também falou sobre a proximidade entre Ciro e Aécio e a recente aparição dos dois juntos em Minas. ``Aécio é o governador de Minas, tem liberdade de encontrar quem desejar, mas é importante dizer que a gente está junto, vamos estar unidos, e vamos à batalha somando forças. Mas não vou analisar se ele deveria encontrar A, B ou C.``
Serra ainda criticou o que chamou de ``afobação`` e antecipação do debate eleitoral. ``Campanha só começa em junho do ano que vem. É importante a gente se dedicar agora à eleição passada, no meu caso a de governador.``
Promessas
Em outra entrevista por telefone à rádio Verdes Mares, de Fortaleza, Serra prometeu dar continuidade ao Bolsa Família caso se torne presidente do Brasil. ``Eu sucedi o PT na Prefeitura da capital de São Paulo. Tudo aquilo que dava certo eu não mantive apenas não. Eu melhorei``, comentou Serra, lembrando que o Bolsa Família surgiu a partir do Bolsa Escola, criado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.Serra prometeu ainda melhorar a infraestrutura do Nordeste, defendeu a transposição das águas do Rio São Francisco e a melhoria da distribuição das águas nas áreas já cortadas por ele, e disse que faria da saúde o programa número um de seu governo.
Ao citar os pontos positivos de sua gestão em São Paulo, ele usou um jargão do presidente Lula. ``Nunca antes na história desse Estado se investiu tanto em coisas importantes: em estradas, em metrô, saneamento no litoral``. E fez questão de lembrar o grande número de nordestinos e descendentes residentes em São Paulo. ``Eu não teria sido eleito prefeito e depois governador no primeiro turno não fosse o voto desse pessoal.`` (das agências)
http://www.noolhar.com/opovo/politica/931312.html
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