Terra - Fabrício Escandiuzzi
Direto de Florianópolis
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, destacou nesta segunda-feira que o PT não poderia "impor" uma aliança com o PMDB em todos os Estados para as eleições do próximo ano.
Rousseff concedeu uma entrevista coletiva em Florianópolis, onde participa de um seminário sobre o Pré-Sal. Ao comentar a sucessão presidencial, a pré-candidata destacou que as características regionais devem ser respeitadas. "Cada Estado tem uma realidade, uma situação e não adianta impormos goela abaixo uma aliança se ela não é bem aceita", disse. "Os líderes têm uma história e não pode chegar alguém lá de cima e ditar uma regra. Isso não é uma atitude respeitosa e não seria nem um pouco democrático".
Ela ainda revelou que aceitaria dois palanques em estados, caso a questão fosse amplamente debatida e acordada entre os candidatos. "O presidente disse que foi algo muito difícil e citou que teve dois palanques em Pernambuco. É uma situação complicada, mas se for debatida não há problema", afirmou.
Dilma, que estava acompanhada da senadora Ideli Salvati (PT-SC), e não quis comentar o resultado da pesquisa da CNT que a colocou com 21% das intenções de voto. Além disso, a ministra também se esquivou de responder sobre a eleição interna do PT. Ela apenas destacou que a volta de alguns petistas suspeitos ou criticados por suposto envolvimento no caso do mensalão não afeta a imagem de sua candidatura ou do partido.
"Uma das coisas mais importantes da democracia é a de que as pessoas não precisam provar a sua inocência. O estado ou os acusadores devem provar que ela é culpada", afirmou. "Neste caso, ninguém foi julgado ou condenado".
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