14 de dez. de 2009

Relação de PT e PMDB não ficou abalada após declarações de Lula, diz ministro

Presidente afirmou que pedirá lista com três nomes para vice de Dilma.
Afirmação causou mal estar e PMDB chegou a divulgar nota.

Jeferson Ribeiro Do G1, em Brasília

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou nesta segunda-feira (14) que haja um mal estar nas relações entre PT e PMDB após as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou em entrevista na semana passada que pediria ao comando peemedebista uma lista com três nomes para que a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, escolhesse qual o melhor candidato a vice para sua chapa.

Padilha disse que se reuniu com o presidente nesta segunda-feira e reportou a ele as conversas mantidas entre a cúpula do PMDB e do PT depois das declarações e uma reunião que ele manteve com o presidente licenciado do PMDB, deputado federal Michel Temer (PMDB-SP).

“Os ânimos já estão se acalmando. Temos uma relação com o PMDB que é uma relação muito forte no nosso governo. Acho que esse histórico, essa relação e o pré-compromisso já acertado entre os dois partidos e as gestões que as duas gestões partidárias vêm fazendo para consolidar tanto no plano nacional quanto nos planos estaduais essa aliança entre PT e PMDB resolve qualquer mal estar que possa ter acontecido”, disse o ministro.

Padilha disse que sentiu na conversa com Temer mais desconforto em relação a insinuações sobre investigações da Polícia Federal do que com as declarações de Lula. “Eu senti que o maior desconforto do presidente Michel Temer não tinha a ver com declarações e sim com insinuações que poderiam estar existindo sobre informações da Polícia Federal, que já foram negadas pela PF e pelo Ministério da Justiça”, revelou Padilha.

Na sexta-feira (12), o PMDB reagiu fortemente contra as declarações de Lula e emitiu nota rejeitando esse tipo de intromissão. "O PMDB ainda não aferiu a extensão e a profundidade dos danos que tal notícia causou ao pré-acordo celebrado entre o PMDB e o PT, com vistas a uma possível aliança para a eleição presidencial de 2010. De qualquer forma, o PMDB, maior partido do Brasil, não vê como devida a intromissão de terceiros, por mais respeitáveis que sejam, em assuntos de sua exclusiva competência interna”, dizia a nota.

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1414265-5601,00-RELACAO+DE+PT+E+PMDB+NAO+FICOU+ABALADA+APOS+DECLARACOES+DE+LULA+DIZ+MINISTR.html

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