14 de dez. de 2009

Aécio defende ampla aliança em torno do PSDB e condena eleição plebiscitária

da Folha Online

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), defendeu nesta segunda-feira a ampliação de uma aliança em torno do candidato do PSDB à Presidência da República nas eleições de 2010. Na avaliação do tucano, ainda há tempo para atrair partidos que hoje estão na base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Acho que poderíamos atrair aliados que hoje estão na base de sustentação do presidente Lula, mas não estarão necessariamente na base de apoio a uma candidatura do PT. Então, eu acho que há espaço ainda para conversarmos com outras forças políticas exatamente com o objetivo de tirarmos da eleição esse caráter plebiscitário", afirmou o governador em entrevista à rádio CBN.

Pré-candidato a presidente, Aécio disputa com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), a indicação do PSDB para concorrer em 2010. Caso o partido não defina o candidato até janeiro, o governador mineiro já anunciou que pretende disputar o Senado.

A pré-candidatura tucana seria discutida na última sexta-feira (11) em um encontro entre Serra e Aécio em Teresina (PI). A reunião, porém, foi cancelada por falta de agenda de Serra.

Hoje, ao comentar as definições para 2010, Aécio condenou a possibilidade de uma eleição plebiscitária entre PT e PSDB. O governador mineiro também descartou a possibilidade de uma chapa puro-sangue e reforçou a possibilidade de ampliar a aliança.

"Acho que há espaço ainda para conversarmos com outras forças políticas exatamente com o objetivo de tirarmos da eleição esse caráter plebiscitário. O que está em jogo não é ser a favor ou contra o presidente Lula. O que está em jogo é quem tem melhores condições de fazer o governo menos aparelhado pela burocracia partidária, mais oxigenado do ponto de vista da qualidade, dos objetivos", disse.

Aécio afirmou que percebe "com muita clareza" que uma eleição plebiscitária é a estratégia do presidente Lula. "E não é bom para o país", disse. "O que nós temos é que avaliar o que ficou por fazer e quem tem as melhores condições para percorrer esse caminho", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u666242.shtml

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