14 de dez. de 2009

Dilma e Marina divergem em Copenhague

congressoemfoco - Rudolfo Lago

A ministra da Casa Civil e candidata do governo à sucessão de Lula no ano que vem, Dilma Roussef, deixou claro na Conferência do Clima, em Copenhague, na Dinamarca, que não pretende mesmo deixar para sua adversária Marina Silva, do PV, a bandeira da defesa do meio ambiente. Marina sugeriu em Copenhague que o Brasil contribuísse com US$ 1 bilhão para o fundo internacional de adaptação climática, um investimento que está em discussão na conferência, no qual os países mais desenvolvidos contribuiriam com os países mais pobres e mais vulneráveis às mudanças climáticas. Para Marina, essa contribuição de US$ 1 bilhão seria um gesto simbólico, para constranger os países mais ricos a colaborarem também.

Dilma bateu pesado em Marina. "US$ 1 bilhão não faz nem cosquinha", respondeu a ministra. "Os valores apresentados são em torno de US$ 120 bilhões, US$ 150 bilhões, tendo alguns que falam até em US$ 500 milhões", completou, passando a ideia de que Marina foi demagógica ou estava mal informada. Dilma é contrária à tese de que o Brasil participe desse fundo, que, segundo ela, só deveria ser composto por dinheiro dos países que têm mais responsabilidade com a degração ambientale o aquecimento global. Dilma defende que, ao contrário, o Brasil também receba ajuda financeira.

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