14 de dez. de 2009

Marina e Serra defendem contribuição do Brasil para fundo global de mudanças climáticas

Agência Brasil - Roberto Maltchik* Enviado especial

Copenhague (Dinamarca) - A senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o governador de São Paulo, José Serra, defenderam hoje (14) em Copenhague, durante a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que o Brasil contribua com recursos para o fundo global que deverá ajudar os países mais pobres a enfrentar o aquecimento global.

A ideia original era que o fundo fosse mantido com dinheiro dos países desenvolvidos, que historicamente emitiram mais gases de efeito estufa, mas a inclusão dos países emergentes entre os financiadores entrou na mesa de discussão na COP-15.

“Acho que quem foi proativo chegando aqui com uma meta voluntária de redução de emissões, pode muito bem continuar com essa proatividades, colocando um esforço na cesta. O Brasil pode ajudar a desempatar esse jogo”, disse Marina. Para a senadora e provável candidata à Presidência, o Brasil pode contribuir com pelo menos R$ 1 bilhão para o fundo.

Serra também considera a cifra possível e diz que a contribuição teria principalmente um valor simbólico, para pressionar os países ricos a colaborar. “Se o Brasil, que é um país em desenvolvimento, se dispõe a fazer, sem dúvida nenhuma isso vai ampliar a pressão política sobre os desenvolvidos”, afirmou.

A chefe da delegação brasileira em Copenhague, ministra Dilma Roussef, não concorda com a obrigação de contribuição pelos países emergentes. Em entrevista coletiva ontem (13), Dilma argumentou que a obrigação de financiar ações de mitigação e adaptação do mundo em desenvolvimento é dos países ricos e por isso o Brasil não está disposto a aplicar dinheiro no fundo.

http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/12/14/materia.2009-12-14.3934600813/view

*Colaborou Luana Lourenço, de Brasília // Edição: Lílian Beraldo

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