seculodiario.com - Renata Oliveira
O presidente do PT estadual, Givaldo Vieira, se reuniu nessa segunda-feira (9) com prefeitos e candidatos petistas na eleição 2010. A tônica do encontro foi a eleição proporcional e a repercussão da pesquisa da Enquet, publicada no sábado (7), em “A Tribuna”, que mostrou uma queda do desempenho da candidata do presidente Lula à sucessão, Dilma Rousseff.
Alguns dos candidatos presentes à reunião reclamaram da falta de empenho do partido para fortalecer a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no Espírito Santo. Enquanto a candidatura da ministra vem crescendo em todo o País, no Estado ela está em queda. Para tentar reverter a situação, a Executiva Estadual do PT criou um Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) pra movimentar a campanha de Dilma.
A crítica dos petistas é de que a direção do partido esqueceu-se da candidatura presidencial, prioridade do partido, e vem se dedicando exclusivamente à campanha do vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB). O partido vive hoje uma crise por conta do apoio ao vice-governador.
O PT definiu em junho o apoio ao peemedebista, mas, insatisfeitos com a definição, membros do partido recorreram à Executiva Nacional para reverter a resolução e conseguiram. Hoje o partido discute internamente as eleições 2010. Mas muitas lideranças políticas acreditam que a antecipação da direção do PT fechou o espaço de discussão com outros partidos.
Segundo a pesquisa da Enquet, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB-SP), lidera a corrida presidencial no Espírito Santo, com 43,7%, seguido do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), com 15,3%. Dilma Rousseff vem em terceiro lugar com 13,8%.
Proporcionais
Outro tema que gerou bastante discussão na reunião do PT foi a eleição proporcional. No campo de apoio ao PMDB, os candidatos do partido sabem que não terão condições de se encaixar. Sem ter como se movimentar e relegados a uma aliança com o PMDB, o partido pode perder os espaços que têm hoje.
O caminho para o PT será disputar a eleição sozinho, o que não permite que venha a ampliar sua representação, seja em nível federal ou estadual. Na eleição para a Câmara dos Deputados, o partido, caso não se coligue com o PMDB, poderá reeleger a deputada federal Iriny Lopes. Coligado com o PMDB, vai ajudar a eleger a deputada peemedebista Rose de Freitas e perder a representação na bancada federal, já que não teria sobra suficiente para fazer mais um deputado.
Na disputa para a Assembléia, o deputado Cláudio Vereza, que também disputa a reeleição, foi um dos que rejeitaram a parceria com o PMDB. A chapa do partido na eleição proporcional está saturada e, ao lado dos peemedebistas, o PT não conseguiria garantir a reeleição de seus dois deputados.
O ideal para o partido seria a coligação como grupo formado por PR, PRTB, PMN, PP e PSC. Mas o grupo não quer o PT. O PSB pode estar em um campo diferente e ficar isolado, e o PDT não interessa por conta da força da chapa. Por isso, a tendência é de que o PT fique isolado em 2010.
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