12 de nov. de 2009

Aécio busca reforçar tese de ampliação de alianças para eleições de 2010

Adriana Vasconcelos e Isabel Braga - O Globo

BRASÍLIA - Um dia depois de o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), ter admitido - em entrevista ao site UOL - que uma candidatura de Aécio Neves poderia ampliar mais as alianças do PSDB do que a do governador paulista José Serra, o governador de Minas Gerais desembarcou na capital federal disposto a reforçar esta tese. Na noite de quarta-feira, Aécio marcou presença em dois jantares. O primeiro, em homenagem aos novos filiados do PSDB, para o qual Serra também estava convidado, mas não apareceu.

O outro com a bancada mineira da Câmara, que foi prestigiado pelo presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia (RJ), a quem agradeceu publicamente as declarações de apoio à sua candidatura.

No jantar com os tucanos, que contou com quase toda a bancada da Câmara e parte da do Senado, Aécio chegou a ser aclamado, no fim do pronunciamento, em coro puxado pelos mineiros com gritos de "Aécio presidente". Além de sinalizar com a possibilidade de atrair para o campo da oposição partidos como o PP e o PTB, que hoje compõem a base de sustentação do governo Lula, o governador mineiro também propôs a abertura imediata de um canal de diálogo com os movimentos sociais e sindicatos, tradicional reduto eleitoral do PT.

- O governador não só reforçou a necessidade de o PSDB atrair novos aliados, especialmente aqueles que estão hoje na base do presidente Lula, como da necessidade de iniciarmos um diálogo com os movimentos sociais e sindicalistas, propondo uma parceria republicana - confirmou o secretário-geral do PSDB, deputado Rodrigo de Castro (MG).

Embora tenha colocado seu nome à disposição dos tucanos para a disputa presidencial de 2010, Aécio fez questão de deixar claro que acatará o que o partido decidir. Mas defendeu as ampliação das alianças políticas. O deputado Nárcio Rodrigues (PSDB-MG) acredita o governador mineiro poderia atrair até mesmo o PSB. Para Nárcio, a candidatura de Aécio ganhou uma nova leitura nos últimos 10 dias:

- Estamos numa situação pró-ativa. Aécio é a novidade e demonstra que pode crescer e aglutinar forças políticas. Tivemos 37 milhões de votos nas eleições passadas, sem alianças não vamos passar disso - argumenta Nárcio.

O governador mineiro voltou a alertar os tucanos o risco de uma eleição plebiscitária com o PT e enfatizou que tanto ele, quanto Serra são bons gestores. O encontro comemorou a ida para o ninho tucano de Rita Camata (ES), que já foi candidata a vice de Serra, Marcelo Itagiba (RJ), que já trabalhou com o governador paulista, e o senador Flávio Arns (PR).

Até mesmo aliados de Serra, como deputado Jutahy Junior (BA) elogiaram Aécio:

- O discurso do governador Aécio foi extremamente competente e adequado para quem deseja a vitória do partido.

Já no jantar com a bancada mineira, Aécio foi saudado por cerca de 40 deputados. Aproveitando a presença do vice-presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), Aécio propôs um pacto pós eleição com os petistas para aprovação das reformas política, tributária e da previdência, independentemente de quem vença as eleições.

A receptividade dos mineiros não poderia ter sido melhor. O deputado Carlos Willian (PTC-MG), que chegou a usar na lapela um adesivo de carro em que se lia: "Aécio, foi bom para Minas, será melhor para o Brasil". Entusiasmado, o governador mineiro aproveitou a ocasião para fazer um agradecimento público ao recente apoio recebido pelo presidente do DEM, Rodrigo Maia.

- O jantar serviu para demonstrar a capacidade de Aécio em aglutinar, em torno dele, forças políticas que estão hoje na base aliada do governo Lula - resumiu o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/11/12/aecio-busca-reforcar-tese-de-ampliacao-de-aliancas-para-eleicoes-de-2010-914730871.asp

Um comentário:

  1. No pós Lula, Aécio e´o melhor nome para presidir nosso país e consolidar a democracia brasileira.Dentre os pre-candidatos, somente Aécio, tem habilidade politica para fazer um goveno de coalizão e, para se eleger, não precisará fazer alianças espúrias-sem as quais a ministra não se elege- com as oligarquias e com fisiologismo do PMDB de Sarney, Renan, etc.

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