17 de set. de 2010

Para investidores, vitória de Dilma ou Serra é indiferente, dizem analistas

Anne Dias
Especial para o UOL Eleições


Em ano de eleição, sempre paira uma dúvida no ar: será que a mudança nos principais cargos políticos do Brasil está preocupando os investidores brasileiros e estrangeiros?

Para analistas ouvidos pelo UOL, a resposta é não. Os investidores, pequenos ou grandes, brasileiros ou estrangeiros, acompanham o que está acontecendo, mas não estão preocupados com uma mudança brusca no cenário nacional ou regional.

Outro ponto importante: segundo analistas, os aplicadores não veem muita diferença entre um governo liderado por Dilma Roussef ou José Serra.

“São claras as evidências de que o investidor não está preocupado com as eleições como forma de comprometer seus investimentos”, afirma Ricardo Martins, gerente da área de pesquisa da Planner Corretora.

Para Martins, as principais referências macroeconômicas mostram que os investidores confiam no Brasil. “No caso do câmbio, por exemplo, a entrada de divisas mostra este comportamento.”

E entre Dilma e Serra, há diferença para o investidor? “Não vejo evidências disso”, diz Martins.

Já Marcelo Xandó, sócio da diretor da Verax Serviços Financeiros, afirma que o investidor observa diferença entre os candidatos e que, apesar disso, eles não mudaram seus planos.

“Serra é mais fiscalista e focado no acerto de números, enquanto Dilma é vista como candidata da continuidade de uma política um pouco mais desenvolvimentista. Porém, isso não afeta as estratégias dos investidores”, diz Xandó.

Há uma análise de que os investidores não estão preocupados porque as eleições já têm um vencedor.

“No geral, as eleições não estão interferindo na decisão do investidor por um simples motivo: boa parte do mercado dá como certa a eleição da Dilma e com isso a continuidade da política econômica”, diz André Perfeito, do departamento de economia da Gradual Investimentos.

Estrangeiros

E os investidores estrangeiros? Estão acompanhando as eleições? Mudaram alguma estratégia?

“Os estrangeiros já fizeram a lição de casa. Ninguém está esperando a definição do processo sucessório para definir suas estratégias, haja vista o número de processos de fusões e aquisições que presenciamos só neste ano”, diz Marcelo Xandó, da Verax.

Seja como for, quem acompanha o mercado financeiro afirma que os investidores brasileiros e estrangeiros não temem a troca de comando do governo federal.

“Nem o mercado interno nem investidores estrangeiros estão contando com qualquer risco político em função destas eleições”, diz a consultora financeira Claudia Kodja.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/17/para-investidores-vitoria-de-dilma-ou-serra-e-indiferente-dizem-analistas.jhtm

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