Daniel Milazzo
Especial para o UOL Eleições
No Rio de Janeiro
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, evitou fazer qualquer ligação entre sua campanha e a saída da ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, que perdeu o cargo após denúncias de tráfico de influência.
Indagada se o caso lhe traria prejuízos eleitorais, a candidata do PT disse: “Eu não acredito que tenha uma coisa a ver com a outra. Uma coisa é o que aconteceu, e outra é a minha campanha”, esquivou-se a ex-ministra.
Dilma disse que concorda com a saída da ex-ministra. “Considero que Erenice tomou a atitude correta, porque, como o caso exige investigação, é bom que a autoridade se afaste para garantir e assegurar que a investigação corra da melhor maneira”, afirmou a presidenciável.
Erenice Guerra deixou o cargo na tarde desta quinta-feira, após ser alvo de uma série de denúncias de tráfico de influência e lobby envolvendo seu filho, Israel Guerra. O empresário Rubnei Quicoli disse nesta quinta-feira que a empresa de Israel teria cobrado 5% da EDRB do Brasil Ltda. para conseguir financiamento de R$ 9 bilhões junto ao BNDES.
“Eu tomei conhecimento dele [do caso] pelos jornais”, defendeu-se a candidata petista. “Se é verdade o que os jornais estão dizendo, R$ 9 bilhões para 600 megawatts, seria o projeto de energia mais caro do Brasil. [...] Se o BNDES o recusou, fez muito bem.”
“Não tenho conhecimento de o BNDES ter contratado nenhum projeto que não tenha garantia de contrato de venda em leilão. Sabe daquela história de compra e venda de terreno na Lua? Me parece isso”, afirmou Dilma, que foi à Associação Comercial do Rio de Janeiro para um almoço de adesões junto a empresários e autoridades políticas locais.
Participação de Lula
Questionada se, caso seja eleita, o presidente Lula participará de seu governo, Dilma respondeu: “Seria uma honra consultá-lo. Muitos tiveram a sorte de poder consultar outros ex-presidentes. Eu quero crer que serei a mais sortuda”.
http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/09/16/para-dilma-saida-de-erenice-do-ministerio-nao-tem-a-ver-com-sua-campanha.jhtm
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