Ao comentar debate, Serra aproveita para atacar Dilma sobre vazamentos

Folha

A repercussão do debate Folha/RedeTV! entre os presidenciáveis também teve o tom mais elevado do que o comum com o candidato do PSDB, José Serra, aproveitando para atacar Dilma Rousseff (PT).

"Há dois temas que eu me permitiria fazer referência aqui. Um deles é a respeito do uso político das quebras de dados da Receita. Esses dados foram levados para uma das vítimas como tendo sido obtidos no comitê da Dilma", afirmou Serra.

A declaração foi feita na repercussão, momento que um repórter da emissora organizadora do debate pergunta aos candidatos a avaliação sobre o encontro.

"O próprio secretário de comunicação do PT, o André Vargas, disse que o partido realmente começou esse processo, inclusive com o Fernando Pimentel, que era braço direito da Dilma. Quem é vítima passa a ser culpado", completou o tucano.

"Achei o debate muito bom. Acho que é muito importante para o Brasil, pra gente poder construir o futuro desse país, que haja esse debate. Ele é democrático. Que a gente discuta os rumos que nós vamos seguir", afirmou Dilma.

"Uma oportunidade para que possamos debater os desafios que o país tem pela frente", disse disse Marina Silva (PV), que pretende "dar continuidade ao debate no segundo turno".

"Primeiro, quero elogiar a RedeTV!, esse debate foi democrático. Segundo quero elogiar o Kennedy Alencar. Foi perfeito, como sempre. E depois quero dizer que o povo viu claramente a diferença entre a proposta do PSOL e a dos outros candidatos. Isso é que era importante, isso é o que foi feito", afirmou Plínio de Arruda Sampaio (PSOL).

Depois de arrancar de Dilma a promessa de dançar o "Rebolation" caso eleita, a repórter do Pânico na TV Sabrina Sato convenceu Plínio e sua mulher, dona Marieta, a fazerem a coreografia de "Ah, moleque!", música de um personagem do programa.


AUSÊNCIA DO DEM

O debate também foi marcado pela ausência de integrantes do DEM na plateia, com a presença apenas do prefeito Gilberto Kasssab.

"Eu mesmo cheguei de uma viagem, mudei de roupa e vim para cá. [Eles] não tinham tempo de vir. As campanhas são intensas", justificou o presidente do PSDB, Sérgio Guerra.

Questionado sobre a agressividade de Serra, Guerra afirmou que é preciso respeitar um limite.

"O limite sempre deve ser respeitado. Ele teve posição contundente, clara, objetiva. Quanto mais preciso for, melhor para a democracia."

Já Mônica Serra avaliou o desempenho de seu marido como muito bom.

"Nenhuma pergunta incomodou. Não fugiu de nenhuma resposta. Sempre falo dele. Não vou avaliar os outros candidatos."

Guilherme Leal, sobre Marina ter sido a estrela mais apagada do debate: "Possivelmente, esse conjunto de denúncias acaba criando uma certa polarização [entre Serra e Dilma] que esperamos que possa ser superada."

Os petistas elogiaram o desempenho de Dilma.

"Acho que Dilma foi clara. Nos pontos polêmicos, se saiu bem", afirmou o deputado Antonio Palocci

"As atenções todas se centraram nela. Acabou criando mais oportunidades para ela se sair bem", disse o senado Eduardo Suplicy.

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