1 de mar. de 2010

Marina Silva defende candidatura de Ciro ao Planalto e critica eleição plebiscitária

PHILLIP DÂNTOM
colaboração para a Folha Online

A senadora Marina Silva (PV-AC), pré-candidata do PV à Presidência da República, avaliou positivamente nesta segunda-feira os 8% de intenção de voto registrados na pesquisa Datafolha divulgada ontem, na Folha.

"A pesquisa mantém o mesmo índice, o que diante das estratégias ousadas de quem antecipou a candidatura e ainda não tem estrutura, é muito positivo", afirmou a senadora, antes de participar ao vivo do programa "Papo Aberto", apresentado pelo vereador de São Paulo Gabriel Chalita (PSB) na TV Canção Nova.

Segundo o Datafolha, a ministra petista Dilma Rousseff (Casa Civil) cresceu cinco pontos nas pesquisas de intenção de voto de dezembro para janeiro, atingindo 28%. No mesmo período, a taxa de intenção de voto no governador de São Paulo, José Serra (PSDB), recuou de 37% para 32%. Com isso, a diferença entre os dois pré-candidatos recuou de 14 pontos para 4 pontos de dezembro para cá.

Já o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) também se manteve estável com 12% das intenções de voto. Os que votam em branco, nulo ou nenhum são 9%. Indecisos, 10%.

Apesar da estagnação de Ciro, Marina defendeu a candidatura do deputado à Presidência, o que, segundo ela, forçaria um segundo turno. "Acho bom para a democracia uma eleição em dois turnos. É bom que os partidos coloquem seus projetos e suas propostas", disse.

Marina também criticou a proposta do PT de polarizar a eleição presidencial com o PSDB, comparando os governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

"Porque vamos fazer um plebiscito quando a sociedade pode fazer uma escolha entre diferentes projetos? Isso [maior número de candidatos] só vai contribuir para que as propostas sejam melhor colocadas", afirmou.

A senadora, que desde a semana passada participa de diversos programas de rádio e de TV, defendeu sua exposição na mídia. "Faz parte da exposição necessária que todo integrante de um projeto político deseja e precisa fazer", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u700904.shtml

Nenhum comentário:

Postar um comentário