9 de mar. de 2010

Dilma: Brasil precisa de personagens sensatas e objetivas

Terra - Laryssa Borges

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, voltou a afirmar nesta terça-feira que o Brasil está preparado para ter uma mulher como presidente da República. Pré-candidata do PT à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra disse que a política precisa de personagens práticas, sensatas e objetivas, características que ela considera inatas às mulheres.

"O fato de sermos mulheres, em vez de nos prejudicar, nos ajuda muito. As mulheres são sensíveis, as mulheres são práticas, sensatas e objetivas, e isso é indispensável na política. Por sua vida, as mulheres são fortes, não se curvam à dor e (conseguem) aguentar sacrifícios e não os temem. Isso é imprescindível se a gente quiser transformar o Brasil", disse Dilma, que participa no Senado Federal de homenagem ao Dia Internacional da Mulher.

"Sempre me perguntam se uma mulher está preparada para ser presidente. Eu digo que o Brasil está preparado para ter uma mulher presidente, e as mulheres em geral estão preparadas para isso. Nossa história política também nos preparou para que mulheres sejam protagonistas", afirmou a ministra.

Mais cedo, a pré-candidata disse que não terá o petista João Vaccari Neto como seu tesoureiro de campanha. O nome de Vaccari Neto aparece em investigação do Ministério Público sobre supostos desvios de recursos da Bancoop, a cooperativa habitacional dos bancários de São Paulo.

"Nós temos tido nas últimas eleições uma opção por diferenciar as duas tesourarias, a tesouraria do partido, uma vez que ela tem mais obrigações que a campanha presidencial. Então a tendência é manter isso, a mesma coisa que ocorreu em 2006 na época da eleição do presidente Lula", afirmou a ministra ao chegar ao Senado.

O Ministério Público de São Paulo abriu procedimento para investigar uma denúncia de desvio de recursos da Bancoop para o caixa de campanhas eleitorais do PT. Em 2007, um levantamento do MP apontou que cerca de 3 mil famílias foram lesadas por um suposto esquema que teria desviado mais de R$ 100 milhões dos cofres da cooperativa. A quantia deveria ter sido aplicada na construção de imóveis nunca concluídos. De acordo com a revista Veja, que teve acesso a quebra de sigilo da Bancoop, o pivô do esquema seria o tesoureiro do PT.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4309858-EI7896,00-Dilma+Brasil+precisa+de+personagens+sensatas+e+objetivas.html

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