8 de fev. de 2010

Reeleição de Temer no comando do PMDB reforça candidatura de Dilma, diz Lula

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira aos ministros da coordenação política que a reeleição do deputado Michel Temer (SP) à presidência do PMDB foi "positiva" para fortalecer a participação do partido no governo e para reforçar a pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à sucessão presidencial.

Segundo o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), o presidente deve dar os parabéns nos próximos dias a Temer, provavelmente com um telefonema.

"O único comentário que fez foi que achava muito positiva a recondução do presidente Temer, na medida que isso reforça a participação do PMDB no governo, o compromisso do conjunto do PMDB com o governo do presidente Lula e reforça a tese de participação na aliança de apoio à pré-candidata a ministra Dilma [Rousseff]", disse o ministro.

O ministro disse que avaliação do governo é que o PMDB saiu fortalecido da convenção do último sábado, na qual Temer foi reconduzido. "A convenção reuniu um conjunto de alas do PMDB o que demonstra que o partido saiu mais unido", disse.

Dos 597 peemedebistas que elegeram o novo diretório nacional do partido, apenas seis não votaram favoravelmente à chapa de Temer. Por aclamação, o diretório elegeu o presidente da Câmara para mais dois anos no comando da legenda.

A tônica da convenção foi mostrar que o PMDB está unido em torno de Temer para fortalecê-lo na indicação à vice-presidência da República na chapa da ministra. Numa demonstração de força, o deputado conseguiu reunir as principais lideranças do partido depois que um grupo peemedebista contrário à aliança nacional com o PT tentou suspender a convenção.

Nenhum dos caciques contrários à aliança com o PT compareceu à convenção. Foram representados por poucos delegados que criticaram a união com os petistas em rápidos discursos em momentos de esvaziamento da convenção. O grupo conseguiu liminar para derrubar a convenção, mas o STJ (Superior Tribunal de Justiça) restabeleceu o encontro do PMDB a pedido de Temer.

Os impasses regionais dificultam a aliança nacional do PT com o PMDB, especialmente em Estados como a Bahia, Minas e o Rio Grande do Sul, onde os dois partidos têm candidatos distintos aos governos estaduais.


http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u691047.shtml

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