27 de jul. de 2010

Marina insere segurança e consumo responsável em programa

SÃO PAULO (Reuters) - A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, divulgou nesta terça-feira uma segunda versão de seu programa de governo que agrega propostas para áreas como segurança pública, saúde e educação.

O programa traz adendos ao documento registrado no TSE e apresentado na convenção do partido em 10 de junho. Segundo o coordenador da campanha, João Paulo Capobianco, uma versão final deve ser concluída em setembro.

"O processo ainda está aberto", disse Marina. Ela ressaltou, no entanto, que as estratégias gerais do programa estão delineadas.

Marina afirmou que o processo coletivo de agregar propostas é inspirado no exemplo da francesa de Ségolène Royal e do norte-americano de Barack Obama, com uma campanha de ampla participação popular, especialmente pela Internet e redes sociais.

O programa de diretrizes do PV recebeu a colaboração de 180 pessoas pela Internet com 980 sugestões, além de adendos de 92 colaboradores diretos, disse ela.

Ao programa foram acrescentados os temas turismo, principalmente em virtude da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos a serem realizados no país, consumo sustentável, e segurança pública. Áreas como saúde, educação e cultura também foram ampliados.

Marina falou ao lado de alguns dos principais nomes de sua equipe, que se juntaram a ela na apresentação, além de seu candidato a vice, Guilherme Leal.

Entre as propostas da área econômica, manteve-se a proposta de conter o endividamento do setor público, mantendo os gastos públicos correntes na metade do crescimento do PIB.

"Isso evitando desperdícios de forma geral na máquina pública", disse Leal, afirmando que seria demagógico prometer cortar os gastos atuais.

Tanto ele quanto Marina destacaram que não fizeram alianças, o que resultou em pouco tempo no horário eleitoral gratuito porque "claramente" são as alianças que geram o fisiologismo, o loteamento de cargos e também o aumento nos gastos públicos.

Por isso, Marina disse ser a única candidata a poder dar "autenticidade ao eleitor", e depende completamente dele, e não das tradicionais estruturas políticas, para se eleger".

(Reportagem de Adriana Garcia; edição de Alexandre Caverni)

http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE66Q0BD20100727

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